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sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Onda de calor impacta soja e milho e pode explicar estimativa pior para safras de 2024, diz Embrapa

Altas temperaturas e restrição hídrica geram dúvidas sobre semeadura da soja e impactam indiretamente milho de segunda safra; IBGE prevê queda em 2024

Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Gilberto Cunha afirmou em entrevista à CNN que a atual onda de calor — que vem associada a menor volume de chuvas, em resultado do El Niño — impacta negativamente duas das principais culturas agrícolas do país, soja e milho.

Cunha explica que o El Niño gera dúvidas em produtores sobre quando semear a soja, e esse atraso afeta indiretamente o milho de segunda safra, plantado após a colheita da soja, no final do verão.

“Quanto mais se atrasa a soja, mais se predispõe a cultura do milho aos riscos de problemas de seca. A agricultura brasileira sofre estes impactos negativos”, disse.

Soja, que é plantada no início do verão, é impactada diretamente pelo calorão
Soja, que é plantada no início do verão, é impactada diretamente pela onda de calor / 09/02/2023 REUTERS/Adriano Machado

Temperaturas altas e tempo seco fazem parte da realidade da maior parte do Brasil, exceto no Sul, que vive situação oposta.

A região vem sendo atingida por volumes de chuva acima da média, que também trazem impactos negativos para algumas culturas, como o trigo, explica Felippe Serigati, pesquisador da FGV Agro.

Com baixa luminosidade e alta irrigação, a qualidade da safra pode ficar pior e o produto ser direcionado ao consumo animal, em vez de humano.

Por outro lado, Cunha, da Embrapa, indica que a situação tende a beneficiar a soja e milho cultivados nas regiões abaixo do estado do Paraná.

IBGE estima queda na produção

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou na última semana seu primeiro prognóstico para a safra de 2024 e estimou 308,5 milhões de toneladas em grãos, cereais e leguminosas.

Caso se confirme, a produção deverá ser 2,8% inferior a deste ano.

Segundo Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados e consultor Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), há relação entre a queda e os impactos do El Niño.

“Certamente as questões climáticas, o El Niño, podem atrapalhar a safra. Estaremos longe do crescimento muito forte que tivemos neste ano”.

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