Nos EUA, Senado Federal pede explicações sobre grande exportação de carne para a China
Aguardada há anos pela indústria local, a reabertura do mercado chinês à carne norte-americana começa a causar problemas para os exportadores dos EUA. Tudo em decorrência da pandemia.
Como se recorda, com a disseminação da Covid-19 entre seus funcionários, muitos abatedouros – de aves, suínos e bovinos – tiveram suas atividades temporariamente suspensas ou reduziram significativamente os abates. A ponto de a oferta de carnes diminuir sensivelmente e o Presidente Trump intervir no processo, proibindo a paralisação dos estabelecimentos processadores de carnes.
Ocorre que - quase simultaneamente e por razões de mercado amplamente conhecidas – as exportações das três carnes para o mercado chinês, até então zeradas, atingiram níveis significativos para a indústria local. E o fato foi capitalizado pelo setor com ampla divulgação pelos meios de comunicação, chamando-se a atenção, principalmente, para o fato de a China ter-se tornado
o segundo principal destino da carne de frango norte-americana.
Naturalmente, as exportações para a China têm pequena relevância frente à produção total de carnes do país. Mas como aí está uma questão social (abastecimento interno) ideal para exploração política, dois senadores norte-americanos estão solicitando às principais indústrias de carnes (Tyson, Pilgrim’s, etc.) que deem explicações a respeito.
A realidade é que boa parte dessas exportações está representada por itens não consumidos no mercado norte-americano como, por exemplo, patas de frango e focinhos de porco. Mas até que se esclareçam todos os fatos, os exportadores permanecerão na berlinda.