Frango vivo segue alheio à valorização do boi e do suíno
Como é absolutamente improvável que ocorra hoje alguma alteração, nesta sexta-feira, 25, o frango vivo comercializado no interior paulista chega ao centésimo trigésimo dia com a cotação inalterada em R$3,30/kg.
Não se trata, ainda, de um recorde, pois já houve período de estabilidade mais longo: os 183 dias transcorridos entre março e setembro de 2017, período em que o frango vivo foi negociado por R$2,50/kg. Mas, pelo comportamento observado nos últimos quatro meses, o recorde de dois anos atrás pode ser batido. Porém, o que mais chama atenção nessa estabilidade é o total alheamento do frango ao desempenho do boi e do suíno vivos.
É verdade que, nos primeiros meses de 2019, o frango experimentou valorização acompanhada à distância por boi e suíno. Assim, apesar do forte retrocesso de preços ocorrido entre janeiro e os primeiros dias de fevereiro, o frango vivo fechou os cinco primeiros meses do ano (31 de maio) com uma cotação média 11% superior à do início do ano, enquanto o suíno registrava valorização de 5% e o boi de menos de 2%.
Os mais de quatro meses de estabilidade revertem esse cenário. No momento, por exemplo, o suíno alcança valor quase 34% superior ao do início do ano, contra apenas 13% de ganho do frango. Isto sem contar que o boi – cujo preço relativo no ano já chegou a ficar mais de 21 pontos percentuais abaixo do preço do frango vivo – agora se encontra a uma distância de apenas 3 (três!) pontos percentuais.
O fraco desempenho do frango vivo em momento em que as carnes (todas as carnes) experimentam forte valorização só tem uma explicação: a autossuficiência das integrações, ora bem menos dependente do mercado independente de aves vivas.
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