Uma nova variante do subtipo H5N1 da gripe aviária altamente patogênica foi identificada na Holanda, de acordo com um relatório do Instituto de Pesquisas Bioveterinárias (WBVR, na sigla em inglês) da Universidade de Wageningen. A variante foi encontrada em Renswoude, localizada na região central do país. Embora esta variante seja semelhante a outras estirpes de H5N1 que têm se disseminado pela Europa e pelas Américas desde 2021, apresenta uma nova versão do segmento PB1 de genes no interior do vírus.
Uma pesquisa do instituto sugere que o novo segmento PB1 é o resultado da combinação do vírus com uma versão de baixa patogenicidade da gripe aviária. Esta descoberta ocorreu após vários patos selvagens e gansos mortos terem sido encontrados na Holanda desde novembro, todos portadores da nova variante. Permanece incerto se o rearranjo do segmento PB1 influenciou quaisquer características do vírus, tais como a sua patogenicidade, gravidade ou transmissibilidade
.Esta descoberta ocorre no contexto de um surto global contínuo de gripe aviária que tem afetado múltiplas regiões desde 2021. O vírus causou danos significativos a várias populações de aves, bem como a milhares de mamíferos em todo o mundo. À medida que o vírus continua a circular, há um risco crescente de evolução e mudança adicionais, conforme observado por Jennifer Provencher, cientista pesquisadora da Divisão de Ecotoxicologia e Saúde da Vida Selvagem do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Canadá.
Em conclusão, a identificação desta nova variante nos Países Baixos destaca o desafio contínuo da vigilância e gestão da gripe aviária a nível mundial. Compreender as alterações genéticas e os seus potenciais impactos sobre o vírus é crucial para o desenvolvimento de medidas de controle eficazes e para prevenir uma maior propagação.
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