Ontem (3), pela primeira vez em mais de sete meses (isto é, desde 16 de julho de 2021), o frango vivo comercializado no interior de São Paulo obteve uma alta de preço. Nada de novo, porém, pois a correção obtida, de 10 centavos, apenas fez com que a cotação retornasse aos mesmos R$5,00/kg vindos de dezembro/21 e que vigoraram até o início de 2022.
Em outras palavras, pois, o frango vivo paulista entra no terceiro mês do ano registrando evolução de preço igual a “zero” em 2022, enquanto em relação ao mesmo dia de um ano atrás a variação chega a 11%, ou seja, acompanhando de perto a inflação mas continuando visivelmente abaixo do custo, que continua aumentando e, em janeiro passado, já superava os R$5,50/kg, conforme dados da Embrapa Suínos e Aves.
Ontem, também, o mercado propiciou reajuste ao frango vivo comercializado em Minas Gerais. Mas este foi o terceiro em menos de uma semana de negócios e fez com que a cotação local chegasse aos R$4,95/kg, melhor resultado do ano e desde novembro do ano passado.
Com a nova cotação o frango vivo mineiro acumula variação de pouco mais de 5% no mês e em 2022. Porém, em termos anuais, o produtor de Minas Gerais continua enfrentando o mesmo desafio do produtor de São Paulo, pois a correção de preços em 12 meses não passa de 10%.
De toda forma, é alentador o fato de, em pleno início do período de Quaresma, o mercado dar sinais de reativação que, aparentemente, não é devida apenas à chegada de um novo mês. Quer dizer: normal e tradicionalmente, os preços do frango arrefecem com o advento da Quaresma. Desta vez pode ser diferente.