O trimestre mais longo dos três primeiros do ano (92 dias, contra 91 dias no 2º trimestre e 90 dias no 1º) deveria, teoricamente, propiciar também o maior volume de carne de frango do período. Mas em 2023, justamente no terceiro trimestre, a produção inspecionada de carne de frango retrocedeu ao menor nível trimestral do ano.
É verdade que, no terceiro trimestre, o número de cabeças abatidas aumentou quase 1,5% em relação ao segundo trimestre. Mas o aumento registrado não foi suficiente para neutralizar a redução de mais de 3% observada no trimestre anterior. Com isso, o total de cabeças abatidas foi inferior ao do trimestre inicial de 2023, o mais curto do ano.
Porém, o aumento no numero de cabeças abatidas não se refletiu no volume de carne porque, aparentemente, caiu o peso médio das cabeças abatidas. Pelos números divulgados, a redução foi superior a 2,5%, fazendo com que o total produzido no período recuasse mais de 1% em relação ao trimestre anterior. E como, no segundo trimestre, a produção já havia recuado quase 3%, os pouco mais de 3,310 milhões de toneladas computados no terceiro trimestre corresponderam ao menor volume trimestral de 2023.
As reduções, de toda forma, só ocorrem em nível trimestral. Porque, no acumulado dos nove primeiros meses de 2023, o número de cabeças abatidas aumentou 4,38%, gerando um volume de carne de frango quase 6% superior ao dos mesmos nove meses de 2022. Isto, graças a um aumento próximo de 1,5% no peso médio das cabeças abatidas no período.