Era inevitável que muitas das acusações sobre diversos erros e equívocos de políticas ambientais brasileiras respingassem sobre o frango do País. Mas, provavelmente, ninguém imaginava que a primeira acusação vinda do exterior fosse de caráter social, envolvesse o genocídio de indígenas.
E a Eartsight (ONG inglesa que diz usar “investigações aprofundadas para expor crimes ambientais e sociais, injustiça e as ligações com o consumo global) bate duro. Afirma que mesmo quando a floresta se foi há muito tempo, a história está longe de terminar – assim como as responsabilidades dos consumidores.
O mais curioso, porém, é que tenha escolhido – única e especificamente – um produtor de carne de frango (no caso uma cooperativa) para ilustrar seus argumentos. Ou seja: ignora, por exemplo, que a soja brasileira, motivo principal de suas acusações, é importada em grandes volumes pelo Reino Unido e por toda a Europa exatamente para a alimentação animal – bovinos, suínos, frangos e poedeiras. Quer dizer: se é para acusar, que a acusação caia, honestamente, sobre todos os envolvidos.
Neste instante, porém, melhor do que falar é mostrar o que a Eartsight anda divulgando. Suas colocações, sem dúvida, merecem o posicionamento de todos os envolvidos.
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