Analisado o desempenho dos quatro principais itens de carne de frango exportados pelo Brasil no primeiro quadrimestre de 2022, constata-se que apenas o frango inteiro permanece com volume inferior ao de idêntico período do ano passado. Mas graças a um aumento de mais de 25% em abril passado, melhorou muito sua posição em relação ao que havia registrado no primeiro trimestre deste ano.
Em valores relativos, o maior incremento foi obtido pelos industrializados de frango, cujo volume no quadrimestre aumentou 26,11%. Porém, a maior contribuição em volume físico continua, naturalmente, com os cortes de frango, com aumento anual de 13%.
Demonstrando o significado desse aumento, observa-se que no quadrimestre o volume total exportado pelo Brasil (+8,51%) correspondeu a um adicional de 118,4 mil toneladas. Pois bem: o adicional de cortes do período foi de 126,6 mil toneladas, ou seja, cobriu até mesmo o déficit de 6,61% do frango inteiro.
Mas os recuos do quadrimestre ficaram restritos, exclusivamente, ao volume de frango inteiro. Porque em relação ao preço médio os avanços continuam sendo não apenas gerais, mas sobretudo amplos. Assim, o menor índice de aumento (+11,74%) ficou com os industrializados, subindo para 18,14% no frango inteiro e chegando a 21,77% nos cortes. O incremento mais significativo, no entanto, é o da carne salgada, cujo preço médio no quadrimestre aumentou 37,26%.
A consequência dessa forte valorização, obviamente, é um expressivo aumento na receita cambial do produto que, em termos gerais, apresentou expansão de 32% no quadrimestre. Na evolução registrada, apenas o frango interior ficou abaixo desse índice: aumento de receita de 10,33%. Já os outros três itens registraram aumento de receita bem mais expressivo: de 37,66% os cortes: de 40,91% os industrializados; e de 53,61% a carne de frango salgada.
A ressaltar que os cortes de frango encerraram o quadrimestre com receita cambial muito próxima dos US$2 bilhões, valor que já deve ter sido superado em maio corrente. Entre janeiro e abril ela correspondeu a mais de 70% de toda a receita cambial da carne de frango exportada pelo Brasil.