Elaborado a partir de dados da CONAB, o gráfico abaixo mostra a evolução anual dos estoques públicos de milho nos primeiros 21 anos do corrente século, ou seja, entre 2001 e 2021.
À primeira vista, ainda falta a informação relativa a 2021, pois a coluna respectiva está em branco. Mas não: o dado está lá; a proporção do gráfico é que torna o dado existente praticamente invisível. Pois o volume de milho dos estoques públicos divulgado pela CONAB para o ano recém-findo corresponde a, praticamente, um centésimo do que foi registrado, por exemplo, em 2006. Isto é: não vai além das 35 mil toneladas.
Esse é, na prática, um volume quase três quartos (72,8%) inferior ao registrado em 2020. Que, por sua vez, foi muito similar ao do segundo ano do presente milênio ( 2002), cujas 124.471 toneladas permaneceram até o ano passado como o menor resultado do período (para simples comparação, nesse espaço de tempo a produção brasileira de carne de frango aumentou quase 100%)..
Os dados ora divulgados foram extraídos das “Séries Históricas de Estoques Públicos”, publicação que – conforme a CONAB – tem por objetivo “fornecer dados e informações estratégicas, tanto para o setor público como para o setor privado”.
Ainda de acordo com a CONAB, as informações dos estoques públicos, constantes nas Séries Históricas, estão disponibilizadas tanto por produto, quanto por Unidade da Federação, e englobam os estoques de todas as culturas que já estiveram, ou estão, em poder da União.
As informações “englobam os estoques públicos adquiridos e amparados pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), instituída pela Lei n° 8.171 de 17/01/1991, com recursos das Operações Oficiais de Crédito (OOC), assim como os estoques estratégicos de apoio aos programas sociais, nos seguintes instrumentos e operações: Aquisição do Governo Federal (AGF); Contrato de Opção de Venda efetivamente exercido (COV); e compra de produtos para atendimento a programas sociais ou de abastecimento”.